terça-feira, 14 de abril de 2015

Strasbourg

A cidade de Strasbourg na Alsácia entrou no nosso roteiro porque é o ponto de partida para as cidadezinhas de Colmar e Riquewihr. Compramos as passagens de trem com muita antecedência e tivemos alguns problemas com a autorização do cartão de crédito, mas tudo foi resolvido após uma troca de emails.
Bom, a ideia inicial era fazer somente um post sobre Strasbourg, mas não dá, a cidade é muito linda! Até brinquei que não dá pra tirar foto feia nesta cidade. Claro que dá, aqui tem problemas como em todo lugar, inclusive gente pedindo na rua, mas a cidade, em si, é muito bonita.
Aqui vai a história desde que chegamos na França, ontem, 13 de abril de 2015.
Tudo certo com nosso vôo, pela Air France. Chegamos no Charles de Gaulle e, de lá, pegamos o RER para Paris. Na Gare de l'Est, pegamos o TGV para Strasbourg, depois de esperar mais de 3 horas. Não tinha jeito, nossos bilhetes não podiam ser trocados para um trem mais cedo e preferimos não arriscar a ter que correr do aeroporto para a estação. Nesse meio tempo, conversamos com um senhor que dizia que faltava 1,60 euros para ele comprar a passagem. Achamos que era história e realmente não tínhamos moedas porque tínhamos acabado de chegar. Conversamos um pouco com ele até que o Ricardo lembrou que tinha uma moeda de 2 euros e deu pra ele. Ele ficou feliz, queria nos dar o troco e saiu correndo para a bilheteria, em frente, para comprar a passagem para casa. Ficamos contentes que não era mentira e que conseguimos entender a maior parte do que ele nos disse, em francês.
No trem, o vagão era o "calmo", onde não se deve fazer barulho e a viagem foi muito tranquila.
Chegamos em Strasbourg, fizemos o check-in no hotel que fica praticamente em frente à estação de trem, jogamos a mala no quarto, demos uma ajeitada na aparência e saímos para passear.
Foi só virar a rua do hotel para ir em direção ao centro da cidade e já estávamos fazendo comparações com outras cidades. Lojinhas descoladas, muitas bicicletas, tram, casas antigas, árvores brotando depois do inverno, tudo nos chamava a atenção.
Chegamos à praça da Catedral e ficamos embasbacados com a sua imponência. Muito alta e cheia de detalhes, ela impressiona mesmo por fora.


Tínhamos lido sobre um passeio de barco no L'Ill (juro que esse é o nome do rio) e fomos ver se havia um tipo de passe de turismo da cidade, que englobasse várias atrações. Por sorte, o escritório de turismo fica na própria praça da Catedral e fomos lá perguntar. Fomos muito bem atendidos e compramos o passe, que inclui o passeio de barco, entre outras atrações. O passe custa 16,90 e só o passeio de barco custaria 12,50.
O próximo passeio disponível demoraria um pouco e ficamos passeando pelas ruas em torno da Catedral. Muitos recantos lindos e muitas fotos bacanas.


Nesse passeio o R. perdeu o cachecol. Tanta beleza que a gente fica distraído.
No passeio de barco, Batorama, o cansaço cobrou sua conta. Nem a narração em francês para crianças, onde um pirata conta a história de Strasbourg, tirou meu sono. O passeio vai até o Parlamento Europeu e passa por duas eclusas no rio, uma para subir e outra para descer, muito interessante. A vista do rio é linda, cheia de pessoas aproveitando o fim de tarde na beira do rio.

Depois do barco, saímos para passear na Petite France, o bairro antigo. O cansaço foi embora rapidinho. Em seguida, fomos jantar, nada muito especial em relação à comida, mas um atendimento muito bom. Na saída, o gerente saiu conosco e nos indicou o melhor caminho de volta, muito rápido.

No outro dia, saímos cedo para visitar a Catedral. Demos uma volta por dentro, mas estava muito cheia de turistas e resolvemos subir logo à plataforma da torre. Esse passeio também está incluído no passe e custa 5 euros. São mais de 330 degraus de uma subida bem íngreme, mas vale muito a pena. Lá em cima há um amplo espaço aberto e uma vista privilegiada do centro da cidade.



Assim que descemos, fomos à apresentação do Relógio Astronômico da Catedral. Demos sorte, começaria em poucos minutos e o passe valia para entrar, o custo era de 2 euros, e ainda não precisamos ficar na fila. A apresentação é demorada, acho que uns 45 minutos, mas vale a pena. Começa com um filme explicativo contando toda a história do relógio em francês, inglês e alemão. Quando chega ao meio dia o relógio se movimenta, um anjo toca um sino, outro vira uma ampulheta, os apóstolos passam pelo Cristo e, a cada 4 apóstolos o galo se movimenta, bate as asas e canta. Outros bonecos passam na frente de um esqueleto, representando a morte e, na hora cheia, é o esqueleto que toca o sino.



Saímos de lá e fomos almoçar crepes com vinho branco e cidra. Meu crepe vegetariano era recheado de um ratatouille que parecia que tinha sido feito na hora, de tão fresquinho.



Iríamos então ao Musée des Beaux Arts e ao Museu Alsaciano, mas ambos não abrem na terça. Resolvemos então seguir o rio e conhecer a Barrage Vauban, que já tínhamos visto do Batorama. O caminho para lá é muito bonito. Chegando à Barrage, descobrimos que é um ótimo local para fotos, tem uma excelente vista.



Da Barrage avistamos um prédio estranho, todo colorido, diferente do resto da cidade. Fomos ver e era o Museu de Arte Moderna e Contemporânea. Resolvemos entrar, com o passe também. Vimos várias obras de Picasso, Braque, Max Ernest, Kandinsky, Sysley e Paul Signac entre outros.






4 comentários:

  1. Que passeio maravilhoso. Aproveite cada minuto. Lindas fotos e ótima narração.

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  2. Que passeio maravilhoso. Aproveite cada minuto. Lindas fotos e ótima narração.

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  3. Fotos ótimas. Narração do passeio excelente. Parece que você esta nos levando para passear com vocês.

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